FLASH DA EMPRESA |
Ano 1994 1995 1996 1997 1998 1999P ====================================================================== Receita Liquida (US$M) 1219 1538 1534 1529 1328 - Lucro Liquido (US$M) 88 199 194 352 426 319 Patrimonio Liquido (US$M) 1509 1420 1191 1123 1105 - ---------------------------------------------------------------------- Retorno/Patrimonio Liq (%) 5.8 14.0 16.3 31.3 38.6 26.0 Preco/Lucro (x) - 8.7 10.4 7.0 4.6 10.7 Preco/Patrimonio Liq (%) - 121.6 170.3 218.8 178.4 278.0 Yield (Dividendo/Preco Acao) (%) 6.2 Payout (Dividendo/Lucro) (%) 66.0 Liquidez Corrente (x) 1.1 - Divida Onerosa/Patrimonio Liquido (%) 19.0 - ---------------------------------------------------------------------- P - Projetado Retorno/Patrimonio Liq baseado no ultimo PL disponivel do ano (e nao do inicio do ano); Preco/Lucro baseado no fim do ano para dados historios e no preco atual para dados projetados; dados historicos convertidos em US$ pelo câmbio do fim do ano em questão, projeçoes convertidas pelo câmbio do 31/12/98. |
Comentarios: Souza Cruz é o arquétipo da verdadeira "blue chip": altamente rentável, confiável, consistente e cuidadosa com os interesses dos acionistas. É também um virtual monopólio, com 83% do mercado doméstico de cigarros. Historicamente três coisas têm atrapalhado a empresa: altos impostos, controle de preços e limitações sobre propaganda. Não há mais controle de preços mas em compensação há a ameaça da adoção de medidas legais pelo movimento anti-tabagista.
Apesar da construção de uma nova fábica no Rio Grande do Sul, o negócio da Souza Cruz já está maduro. Como não há muito espaço para expansão, a firma distribui grande parte do seu lucro para os acionistas - uma média de 66%, mas 94% do total em 1998. É interessante observar que durante um período a empresa - uma subsidária do multinacional inglês BAT - começou a diversificar, investindo em setores como sucos e celulose (Aracruz). Depois mudou de idéia e voltou a se concentrar em tabaco.
Nos últimos anos a rentabilidade da empresa tem acelerado. Embora tenha atingido um incrível 39% em 1998, quase US$80M do lucro de US$426M veio de créditos fiscais. De fato as vendas físicas de cigarros (o segmento principal da firma), cairam 11% em relação ao ano anterior. A retração de demanda e o aumento de contrabando no Brasil foram as causas principais. Esperamos ainda mais pressão sobre a demanda em 1999. O forte do setor, no entanto, é que é mais difícil deixar de fumar que deixar de comer bombom. Como resultado, em vez de deixar de comprar, os fumantes tendem a migrar para marcas mais baratas. Outro fator que vai beneficiar a empresa em 1999 é a desvalorização do real. As exportações da empresa representaram 15% das vendas totais no ano passado.
Como pode ser visto, enquanto o desempenho da empresa tem sido muito bom nos últimos anos, isso já se reflete no preço atual. A ação é uma das poucas que teve valorização em dólar em 1999 (6%). Tanto o preço/patrimônio quanto o preço/lucro projetado estão menos atraentes que nos anos anteriores, e no mesmo nível de empresas comparáveis. Consideramos, nos atuais condições de mercado, que a ação esteja próximo de seu preço justo.
Limitações dos dados apresentados |